
Já podemos dizer que o Marketplace é um modelo de e-commerce consolidado no Brasil. Gigantes como Americanas e Magazine Luiza aderiram nos últimos anos à modalidade e Mercado Livre e Amazon já nasceram como Marketplaces e lideram as vendas no varejo online.
Segundo levantamento da Ebit/Nielsen, somente nos Marketplaces foram movimentados mais de R$53 bilhões de reais no primeiro semestre de 2021, 31% a mais do que no semestre anterior. Em 2020, esse modelo de negócio foi responsável por 78% do faturamento do e-commerce no país
Expectativa dos Marketplaces para 2022
Já sabemos que os Marketplaces caíram no gosto do consumidor. De acordo com pesquisa realizada no segundo semestre de 2021 pela Bornlogic e a Opinion Box, os marketplaces possuem 72% da preferência de compra pela internet, ficando atrás apenas dos sites e lojas online (74%). Apesar do social commerce (o e-commerce dentro das redes sociais) já ter sido citado como uma tendência, apenas 26% dos entrevistados na pesquisa declararam realizar compras pelas mídias sociais.
Ser dono do meu próprio Marketplace ou um seller?
Se você chegou até aqui deve estar familiarizado com o conceito de Marketplace, correto? Uma espécie de shopping virtual onde os sellers disponibilizam seus produtos para uma marca vender.
A quantidade de itens diversos comercializados potencializa a relevância do Marketplace para os shoppers e, ao mesmo tempo, fomenta sell out e giro de estoque para quem vende, aumentando seu LTV (Lifetime Value – métrica de vendas que estima o lucro dado por um cliente durante o período em que se relaciona com uma empresa).
Caso você já tenha uma loja virtual, consolidada em algum nicho de negócio é possível ter o seu próprio marketplace. Falamos um pouco melhor sobre os desafios e vantagens deste formato, durante um Avanti Training Day, no final do ano pasado.
O ideal é que você conte com uma plataforma que seja de fácil gestão, com funcionalidades que, por exemplo, possibilitem avaliar a reputação dos sellers, fazer split e conciliação de pagamentos. Essa ferramenta precisa estar preparada para dar suporte ao crescimento do seu negócio, porque isso vai acontecer. Ela também deve disponibilizar serviços, como os de logística e de operações financeiras, que favoreçam as vendas dos seus sellers, formando um ecossistema de vendas completo, customizado conforme as necessidades da sua marca. Com boa parte da operação de entrega e logística sendo conduzida pelos sellers, seu principal foco passa a ser o marketing e aquisição de tráfego para sua plataforma de vendas. Um ponto a ser considerado é a força da marca ou o investimento em branding, afinal, sua marca corre o risco de ser “canibalizada” por outras gigantes do mercado.
Se a ideia é construir um marketplace de nicho as coisas podem ser um pouco mais fáceis, afinal, a concorrência é um pouco menor.
Um dos aspectos mais importantes e imediatos para uma loja online que se torna um Marketplace é também o ganho no número de itens a disposição de seus usuários. A Móveis Simonetti, que fez este caminho recentemente e tornou-se um marketplace de nicho, falou conosco sobre um destes benefícios neste artigo.
Se você acredita que se encaixa mais no perfil de um seller, as responsabilidades estão mais focadas em gerenciar o estoque, cadastro de produto, pedidos e entregas. O seller não precisa se preocupar com investimento em plataforma, integrações, inovação, atendimento ao cliente, etc. Claro que vender em um marketplace não é de graça – é preciso sempre consultar o canal para entender o processo de taxas, que geralmente ocorre sobre a venda do produto.
Sem dúvida, a oferta de uma boa experiência de compra, chancelada pela confiabilidade que as marcas que trabalham esse modelo de negócio inspiram, é um diferencial que conquista mais e mais shoppers a cada dia. Se o seu negócio já alcançou maturidade, talvez 2022 seja o momento ideal para considerar essa estratégia como uma ótima oportunidade de alavancar as suas vendas!

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